quarta-feira, 27 de abril de 2011

Uma conquista Brasileira LUMINOL- UFRJ

 
UFRJ desenvolve nova síntese de luminol.

O laboratório de síntese  e análise de produtos estratégicos do instituto de química (LASAPE) da UFRJ foi o primeiro e único lugar do Brasil a produzir Luminol em escala industrial.
O produto é utilizado para detectar o sangue oculto,  aquele sangue que os olhos não conseguem enxergar, sendo grande utilidade pra área criminal. A eficácia do luminol é tão grande que pode detectar o sangue oculto mesmo já tendo passado  seis anos da ocorrência do crime. Além disso, o produto ainda pode ser utilizado na área da saúde, detectando sangue oculto em fezes, o que seria um indício de câncer de intestino. Resultado de pesquisas no LASAPE, desenvolvidas por alunos sob a coordenação do professor Cláudio Lopes , a grande  diferença da síntese do luminol desenvolvida na UFRJ é a utilização do metal Nióbio, que diminui o custo do produto tornando-o mais acessível. Instituto de Química  realizou o evento CSI in Rio:uso do luminol na detecção do sangue oculto” , onde houve palestras com a participação de especialistas e representantes do poder público.
No vídeo abaixo  mais noticias sobre o Luminol Com o Prf: Cláudio Lopes ponto da reportagem  5:40 min.

                 
Fotos do evento nomes  da esquerda para direita; Soraya, Renato, Thais, Vinícius Leão, Dr. Walter da Silva Barros, Mariana, Poliana, Rosa.

Att: Renato

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Extração de DNA a partir de Cadáveres Carbonizados


Introdução

A identificação de cadáveres carbonizados sempre foi uma tarefa de grande dificuldade na área pericial. O serviço de antropologia forense pode, através de medidas antropométricas,
relatar o sexo, idade aparente e possível estatura dos indivíduos,dados estes que podem auxiliar na identificação, mas não confirmar a identidade. Através das fichas dentárias fornecidas pelos parentes das vítimas, peritos comparam estas informações com os dados obtidos dos cadáveres. Na ausência da ficha dentária ou prótese que possa ser identificada por familiares, a confirmação da identidade só poderá ser feita mediante análise de DNA, conforme os três casos relatados a seguir: 1) No final de 1998, uma casa foi incendiada na região metropolitana de Porto Alegre. Foram encontrados, entre os destroços, restos
cadavéricos calcinados com idade aparente inferior a 47 anos. Sexo, estatura e raça não puderam ser determinadas. 2) No início de 2002 o Ministério Público nos solicitou ao Laboratório de Perícias a identificação de um cadáver carbonizado, vítima de crime hediondo, o qual permaneceu enterrado por sete meses antes da análise. 3) Ao final do mesmo ano, uma vítima de homicídio foi queimada, tendo seus restos depositados na beira
do rio Gravataí dentro de um saco plástico. Diante da impossibilidade do uso de técnicas odontolegais, procedeu-se a análise dos perfis genéticos das vítimas com afinalidade de identificação humana.

Materias e Métodos 

Dos cadáveres foram utilizados dentes e/ou tecido muscular. Os dentes foram congelados a -80°C por, no mínimo 24 horas, triturados em moinho mineralógico e o DNA foi obtido
através do método de extração orgânica (SAMBROOK et al.,1989). O tecido muscular também sofreu procedimento de extração orgânica, segundo metodologia própria utilizada pelo FBI (“Federal Bureau of Investigation”). Os sangues utilizados como referência, colhidos de parentes das vítimas, foram submetidos ao método de extração não-orgânico – “Salting Out” (MILLER et al.,1988). Para a técnica de PCR (Reação em Cadeia da Polimerase) utilizou-se o kit AmpFðSTR Profiler-Plus e a genotipagem foi realizada no sequenciador ABI PRISM TM 310 Genetic Analyser (Applied Biosystems do Brasil). No primeiro caso relatado, foi apresentado aos peritos um saco plástico preto onde havia inúmeros fragmentos ósseos misturados a restos de telhas, tijolos e demais materiais carbonizados. Entre estes materiais, foi encontrado um fragmento carbonizado e ressecado, tendo no seu interior uma porção óssea, indicando tratar-se de tecido muscular. Após a observação pré-via no microscópio, verificou-se ser realmente músculo, do qual
foi obtido DNA para comparação com os perfis genéticos da esposa e do filho. No segundo caso relatado, foram retirados dentes calcinados do cadáver carbonizado exumado. Destes, utilizouse um dente para a extração de DNA através da metodologia
desenvolvida no Laboratório de Perícias, para que o seu perfil obtido fosse comparado com o da esposa e dos filhos. No terceiro caso, foram obtidos fragmentos musculares carbonizados da vítima, os quais foram submetidos ao método de extração orgânica para comparação com o material genético de referência. Neste caso, a suposta vítima teria um
irmão gêmeo aparentemente univitelínico, o qual foi utilizado para confronto genético devido a homologia entre os perfis genéticos.
Setor de Biologia Molecular; Laboratório de Perícias , Instituto Geral de Perícias – SJS/RS.

Att. Renato



domingo, 24 de abril de 2011

Papiloscopia

Revelando impressões latentes
Revelando com Ninhidrina




O reagente de ninidrina é um poderoso comum ver bandas de separação de aminoácidos por cromatografia ou eletroforese, também é utilizado para determinação quantitativa de aminoácidos, para análise de isótopos estáveis​​, a fim de ajudar a reconstruir o palaeodiet de ursos, reage com o ácido alfa-amino cujo pH é entre 4 e 8, dando uma coloração que varia do azul ao violeta. Esta cor do produto (roxo Ruhemann chamado) é estabilizado por ressonância, a cor produzida pela coloração ninidrina é independente do ácido aminado original.Este teste é positivo para ambas as proteínas em aminoácidos. nos casos em que não há teste positivo biureto e dá ninidrina positivo, indicando que não há proteínas, mas se aminoácidos livres.

Att. Renato

sábado, 23 de abril de 2011

Retrato Falado

Desenhos facilitam identificação de criminosos pela população.
Atualmente, especialistas de Demacro, Deic e DHPP fazem os retratos.

                            Alan Zambelli faz retrato falado em sua sala no Demacro (Foto: Paulo Toledo Piza/G1)

Nos últimos oito anos, o escrivão e artista forense Alan Zambelli, de 34 anos, dedica a maior parte do seu tempo de trabalho ouvindo vítimas de crimes e desenhando retratos falados de suspeitos. No período, ele calcula ter desenhado mais de 1.200 rostos de criminosos.

Feitos em uma confortável sala no segundo andar do prédio do Departamento de Polícia Judiciária da Macro São Paulo (Demacro), em Pinheiros, na Zona Oeste da capital paulista, esses desenhos ajudaram a Polícia Civil a prender pessoas que cometeram crimes nas 38 cidades que formam a região metropolitana.

A prática de desenhar o rosto de assassinos e assaltantes remete ao século 19. “Na época do chamado velho oeste, nos Estados Unidos, retratos feitos a mão eram espalhados para que a população denunciasse os bandidos”, disse o perito.

Passado mais de um século, as imagens confeccionadas hoje pela Polícia Civil paulista mais parecem fotografias graças ao auxílio de modernos programas de computador. O objetivo do desenho, porém, permanece o mesmo. “O retrato é feito quando a polícia tem poucas pistas do criminoso. Ele é feito para que a população entre em contato com a polícia.”

Além do Demacro, o Departamento de Investigações sobre Crime Organizado (Deic) e o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) também fazem esse trabalho. Com base em imagens do circuito interno de um restaurante na esquina das ruas Oscar Freire com Cardeal Arcoverde, em Pinheiros, na Zona Oeste, o perito Sidney Barbosa, do DHPP, fez um retrato rico em detalhes de um suspeito de assaltar o estabelecimento.

No Deic, peritos fazem retratos do modo antigo, a lápis. Essa ilustração manual, segundo Zambelli, é tão importante quanto a informatizada. Desenhos dos rostos dos suspeitos de assaltar a casa do secretário estadual de Logística e Transporte, Saulo de Castro Abreu Filho, e de balear o ex-árbitro Oscar Roberto Godoy, foram feitos dessa maneira.

                                 Retratos feitos por especialistas do DHPP (à esq.) e do Deic (Foto: Divulgação/Polícia Civil)

Confecção
Para que a descrição seja a mais verossímil possível, os detalhes são fundamentais. O fator trauma é essencial.  “Quando você está sob a mira de uma arma, a situação é tão extrema que a imagem [do criminoso] dificilmente sairá de sua cabeça”, afirmou o perito, acrescentando que 80% dos retratos feitos por ele são de suspeitos de estupro e de roubo.

Como relembrar uma situação traumática é difícil para a maior parte das vítimas, Zambelli tenta fazer de sua sala um espaço acolhedor. Em uma prateleira há potes com doces e balas, uma geladeira onde sempre tem água gelada, carrinhos para as crianças e até banheiro. “Tem gente que só de reviver a situação já passa mal.” Os únicos objetos que remetem à polícia são um quadro na parede com o símbolo da corporação e carrinhos de brinquedo com sirenes espalhados em um armário com porta de vidro.

                          Suspeita de sequestrar bebê foi detida após retratoser revelado (Foto: Alan Zambelli/Divulgação

Em visita ao Demacro no início da semana, o repórter do G1 teve a oportunidade de descrever o retrato de um assassino: Leonardo Brandão, personagem interpretado pelo ator Gabriel Braga Nunes, na novela Insensato Coração.
 
A primeira pergunta feita por Zambelli é o sexo do criminoso. Em seguida, questionou quantos anos o homem aparentava e o formato de seu rosto. Com esses dados em mãos, ele acessa um banco de dados com mais de mil tipos de olhos, narizes, bocas e cabelos. Como um quebra-cabeça, a imagem do suspeito começa a ser formada.
Tudo que é feito pelo perito em seu computador é visualizado pela vítima graças a uma segunda tela voltada para ela. O retrato demora entre 40 minutos e uma hora para ficar pronto. Em nenhum momento o perito recebeu informações além das descritas pelo repórter. Quando os últimos retoques eram dados, Zambelli comentou: “Essa pessoa está na novela?” O resultado pode ser visto abaixo.

Gabriel Braga Nunes real (à dir.) e seu retrato falado (Foto: Alan Zambelli/Divulgação e Renato Rocha Miranda/TV Globo)
 
Como se trata de um desenho, nenhum retrato falado é perfeito. “Mas tem que ficar parecido o suficiente para que as pessoas vejam a imagem e a relacionem com o suspeito.” Como exemplo, ele cita o sequestro de um bebê por uma idosa. A mulher foi presa após denúncia feita por uma testemunha que viu na mídia seu retrato falado. “Se você é vizinho e vê essa mulher com uma criança, não irá desconfiar. Mas ao ver na televisão o desenho de uma suspeita de sequestro parecida com ela, liga os pontos e acaba denunciando.” Quem quiser ver alguns outros retratos falados pode entrar no site http://www2.policiacivil.sp.gov.br/x2016/Retrato_falado/homens.php da Polícia Civil de São Paulo.
 
Confira o Excelente  trabalho dos Peritos.
Att. Renato