segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

Impressões digitais não ajudam a identificar estuprador

 RIO - As impressões digitais colhidas no material escolar da estudante de 12 anos que foi vítima de abuso sexual dentro de um ônibus da linha 162 (Glória-Leblon), na última quarta-feira, não servirão para identificar o criminoso, segundo resultado do exame datiloscópico feito pelo ICCE. De acordo com o delegado Fábio Barucke, titular da 15 DP (Gávea), foram identificadas apenas as impressões da vítima no material. Segundo Barucke, o exame laboratorial, que identificará o DNA do suspeito por meio do sêmen, ficará pronto na próxima semana. O delegado disse ontem que ainda conta com informações do Disque-Denúncia para tentar identificar o homem, de cerca de 40 anos, e 1,60 metro de altura, que aparece nas imagens da câmara de segurança da Viação São Silvestre. Até sábado, o serviço havia recebido 11 ligações com informações sobre a passagem do suspeito por vias da cidade e duas informando supostos endereços de trabalho e outras duas dizendo que ele seria morador da Rocinha.
— É estranho que nenhum vizinho o tenha reconhecido. Mas continuamos contando com a ajuda da população para tentar identificar e localizar o suspeito — disse Barucke.
O Disque-Denúncia divulgou um cartaz com o retrato falado do criminoso, feito pelo motorista da empresa de ônibus e também da imagem do suspeito registrada pela câmara de segurança do coletivo. Qualquer informação pode ser encaminhada ao Disque-Denúncia (www.procurados.org.br) pelo telefone 2253-1177. O serviço garante o anonimato. A menor disse na polícia ter sido vítima do estupro quando o ônibus passava pela Rua Jardim Botânico. Ela contou que estava sentada no meio do coletivo e um homem armado exigiu que fosse com ele para a parte traseira do veículo, onde o crime teria sido cometido. Na hora, só havia mais quatro passageiros no ônibus, que nada perceberam.