RIO - As impressões digitais colhidas no material escolar da
estudante de 12 anos que foi vítima de abuso sexual dentro de um ônibus
da linha 162 (Glória-Leblon), na última quarta-feira, não servirão para
identificar o criminoso, segundo resultado do exame datiloscópico feito
pelo ICCE. De acordo com o delegado Fábio Barucke, titular da 15 DP
(Gávea), foram identificadas apenas as impressões da vítima no material.
Segundo Barucke, o exame laboratorial, que identificará o DNA do
suspeito por meio do sêmen, ficará pronto na próxima semana. O
delegado disse ontem que ainda conta com informações do Disque-Denúncia
para tentar identificar o homem, de cerca de 40 anos, e 1,60 metro de
altura, que aparece nas imagens da câmara de segurança da Viação São
Silvestre. Até sábado, o serviço havia recebido 11 ligações com
informações sobre a passagem do suspeito por vias da cidade e duas
informando supostos endereços de trabalho e outras duas dizendo que ele
seria morador da Rocinha.
— É estranho que nenhum vizinho o tenha
reconhecido. Mas continuamos contando com a ajuda da população para
tentar identificar e localizar o suspeito — disse Barucke.
O
Disque-Denúncia divulgou um cartaz com o retrato falado do criminoso,
feito pelo motorista da empresa de ônibus e também da imagem do suspeito
registrada pela câmara de segurança do coletivo. Qualquer informação
pode ser encaminhada ao Disque-Denúncia (www.procurados.org.br) pelo
telefone 2253-1177. O serviço garante o anonimato. A menor disse
na polícia ter sido vítima do estupro quando o ônibus passava pela Rua
Jardim Botânico. Ela contou que estava sentada no meio do coletivo e um
homem armado exigiu que fosse com ele para a parte traseira do veículo,
onde o crime teria sido cometido. Na hora, só havia mais quatro
passageiros no ônibus, que nada perceberam.