terça-feira, 21 de maio de 2013

Tecnologia da UnB revoluciona perícias

Técnica desenvolvida pelo Instituto de Química permite eficácia de 100% na identificação da distância do disparo e até da posição do atirador. Mais barata do que a usada pelas polícias mais famosas do mundo, uso depende de mudança na fabricação da munição.



 Uma tecnologia desenvolvida pelo Instituto de Química da Universidade de Brasília (UnB) aumenta a precisão e baixa os custos da perícia criminal. O grupo formado por pesquisadores, alunos e peritos da Polícia Federal desenvolveu marcadores visuais que possibilitam rastrear um projétil, identificar a distância de um tiro em até 12 metros do local do disparo e até apontar a estatura do atirador.

O sistema usa uma substância luminescente misturada à pólvora da bala, que, exposta à luz ultravioleta, marca toda a cena do crime e facilita o trabalho dos peritos (leia ilustração). Os testes com os marcadores apresentam índices próximos a 100% de acerto e pode revolucionar os sistemas periciais realizados internacionalmente.

A tecnologia começou a ser estudada em 2008, na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) pela professora Ingrid Weber, hoje coordenadora do projeto. Ela chegou à UnB em 2011 e, desde então, firmou parcerias com diversas áreas da Polícia Federal, entre elas o Instituto Nacional de Criminalística (INC). “Parte dos testes são feitos dentro do INC, e outra nos laboratórios da UnB. Temos resultados precisos e mais eficazes do que os métodos realizados atualmente pelas polícias do Brasil e do mundo”, ressaltou um dos pesquisadores do grupo coordenado por Ingrid, no Laboratório de Inorgânicos e Materiais da universidade, Marcelo Oliveira.

Na realidade brasileira, um perito criminal faz o exame de detecção de tiros por métodos colorimétricos. Ele utiliza substâncias que reagem ao entrar em contato com o chumbo, o bário e o antimônio (componentes de um projétil), mas não diferenciam a origem desses elementos. “Não é possível saber se veio do tiro ou de uma contaminação ocupacional. Ou seja, se um mecânico entrou em contato com essas substâncias no trabalho, não será possível diferenciar dos disparos”, explicou o pesquisador.

A Polícia Federal brasileira, a Scotland Yard (Inglaterra), o FBI (Departamento de Investigação Federal dos EUA) e outras polícias do mundo usam a Microscopia Eletrônica de Varredura Acoplada. Por esse método, no momento em que a pessoa faz o disparo, a pressão e a temperatura são muito altas. O chumbo, o bário e o antimônio se condensam em formato de esferas, o que possibilita a perícia por meio da morfologia do resíduo. O problema, nesse caso, é que um microscópio é caro, e seria necessário um profissional especializado em microscopia para fazer as análises, nem sempre disponível no mercado.

Legislação

Diante dos métodos explorados atualmente, a tecnologia dos marcadores visuais por meio de substâncias luminescentes se sobressai às demais. Ela possibilita a identificação dos resíduos em toda a cena do crime de forma imediata, somente com a utilização de uma lâmpada ultravioleta. No momento da perícia, pode-se identificar a posição do suspeito, se ele atirou de fato ou se só manipulou a arma e a localização dele no momento do disparo. Além disso, tiram-se as dúvidas se a vítima foi assassinada ou se cometeu o suicídio.

Os testes para verificar a eficácia da tecnologia mostram resultados satisfatórios. Seria preciso, no entanto, que uma lei determinasse a fabricação dos cartuchos das armas com os marcadores visuais. Não seria necessário alterar o processo de produção industrial, segundo os pesquisadores, e o custo por cartucho seria inferior a US$ 0,20 (cerca de R$ 0,40). “Esse foi o preço da primeira geração dos marcadores. Estamos na terceira ou na quarta, e o preço caiu muito. É muito mais barato. Falta somente vontade política para que entrem no mercado”, avaliou Marcelo Oliveira.

Com a aprovação e o investimento, seria possível, por exemplo, diferenciar as armas de uso policial daquelas utilizadas por civis. Logo, se um criminoso cometesse um homicídio com um arma oficial seria possível identificá-lo imediatamente. O Correio tentou ontem contato com a Polícia Federal, mas, até o fechamento desta edição, não obteve resposta.

 Substância misturada à pólvora do projétil permite que os peritos criminais identifiquem, com a ajuda de luz ultravioleta, resíduos em armas, mãos e paredes: marcadores visuais podem melhorar exames.

Brilho
A luminescência só ocorre quando uma substância emite luz após ser submetida a algum tipo de estímulo, como iluminação, reação química e radiação ionizante.





http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/eu-estudante/ensino_ensinosuperior/2013/01/18/ensino_ensinosuperior_interna,344801/tecnologia-da-unb-revoluciona-pericias.shtml#.USY4n0W0iWU.facebook

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

CSI in Rio II – Seminário Internacional de Ciências Forenses.


A segunda edição do CSI in Rio será realizada nos dias 4 e 5 de dezembro de 2012 na UFRJ. O evento tem como finalidade apresentar aos estudantes e profissionais interessados, os conhecimentos das várias áreas das ciências forenses aplicadas a casos de investigação criminal. Este ano, o CSI in Rio contará com conferencistas do Miami Police Department (Forensic Services Bureau), Medical Examiner Department (Miami Dade County), Departamento Geral de Policia Técnica Científica (Policia Civil do Estado do Rio de Janeiro) e Universidade Federal do Rio de Janeiro.



                                                              Faça sua incrição aqui

 FOTOS DO EVENTO MUITO BEM ELBORADO PELA EQUIPE DO INSTITUTO














  


segunda-feira, 18 de junho de 2012

Balanço Geral RJ Explica Como Peritos Desvendam Crimes

SIMULAÇÃO


Dois atores participaram da simulação de um assassinato no palco do Balanço Geral RJ. Em seguida, Wagner Montes recebeu a visita de especialistas, que contaram os procedimentos usados pela polícia para elucidar crimes.

Dos actores participaron en una simulación de un asesinato en el escenario en el Balance General RJ. Entonces Wagner Montes visitada por especialistas, que dijeron a los procedimientos utilizados por la policía para esclarecer los crímenes.

quinta-feira, 3 de maio de 2012

Brasil terá identificação por DNA

O Plenário da Câmara dos Deputados aprovou, na tarde desta quarta-feira (02), o PL 2458/2011 (número da proposta na Casa) do senador Ciro Nogueira (PP-PI) que estabelece a identificação genética obrigatória para criminosos condenados por crimes violentos ou hediondos e cria um banco nacional de DNA. A proposta segue para sanção da Presidenta Dilma Rousseff. 

De acordo com a proposição, a identificação genética será feita a partir de fluidos e tecidos biológicos humanos dos criminosos e serão arquivadas num banco nacional de perfis genéticos. Os dados ficarão à disposição da Justiça de todo o país e tornarão mais rápidas as investigações policiais. Através do banco de DNA, as perícias poderão comparar evidências encontradas em cenas de crimes com o material armazenado no banco de dados e, em questão de segundos, solucionar crimes que muitas vezes demoram anos para serem resolvidos. 

Ciro ressaltou que o uso da tecnologia do DNA é um o avanço enorme para a investigação criminal no Brasil.A rapidez do resultado e a comparação com informações já arquivadas no banco nacional a ser criado tornará mais fácil a elucidação de crimes dessa natureza., afirmou. 

O PL 2458/2011 é o primeiro projeto de Ciro aprovado no Congresso Nacional. Da data de apresentação da proposição até a aprovação no plenário da Câmara passou-se pouco mais de um ano, prazo considerado curto para uma proposição desse tipo. O senador afirmou estar muito feliz com a agilidade na apreciação da proposta. 

Este tipo de identificação criminal permitirá ao Brasil integrar o sistema Codis (Combined DNA Index System), desenvolvido pela Polícia Federal dos EUA (FBI) e utilizado em mais de 30 países. O método ficou famoso por meio de séries policiais televisivas norte-americanas, como CSI.

Acesso apenas com autorização da Justiça A lei brasileira atual prevê a identificação de criminosos apenas por impressão digital e fotografia. Uma vez implementada a nova regra, os condenados por crimes violentos ou hediondos serão obrigatoriamente identificados por meio da coleta de material genético, como sangue, sêmen, unhas, fios de cabelo e pele.

Os perfis genéticos que serão armazenados deverão seguir leis constitucionais e internacionais de direitos humanos. O banco de dados poderá ser acessado pelas autoridades policiais apenas por meio de autorização da Justiça em caso de inquérito instaurado.

O projeto visa a instituir no Brasil uma unidade central de informações genéticas, gerenciada por uma unidade oficial de perícia criminal, formada por vestígios humanos como sangue, sêmen, unhas, fios de cabelo deixados em locais de crimes que poderão ser usados pelas autoridades policiais e do Judiciário nas investigações.

De acordo com a proposta, também fará parte do banco o material genético de criminosos condenados por violência dolosa, quando há intenção de praticar o crime. Todos os dados coletados serão sigilosos e os perfis genéticos deverão seguir normas constitucionais e internacionais de direitos humanos.

Para o senador Ciro Nogueira, autor da proposta, o uso do DNA, já muito frequente em vários países, ajudará a diminuir a impunidade no Brasil. Evidências biológicas são frequentemente encontradas em cenas de crimes, principalmente aqueles cometidos com violência. O DNA pode ser extraído dessas evidências e estudado por técnicas moleculares no laboratório, permitindo a identificação do indivíduo de quem tais evidências se originaram, disse.

Obviamente que o DNA não pode por si só provar a culpabilidade criminal de uma pessoa ou inocentá-la, mas pode estabelecer uma conexão irrefutável entre a pessoa e a cena do crime. Atualmente, os resultados da determinação de identificação genética pelo DNA já são rotineiramente aceitos em processos judiciais em todo o mundo, acrescentou o senador.

A proposta é uma reivindicação antiga dos peritos criminais federais e de pais e parentes de vítimas de estupro e assassinatos cometidos por maníacos. Para os especialistas, se o banco de DNA já existisse, teria sido possível identificar criminosos antes que eles fizessem novas vítimas.


Confira;

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

Impressões digitais não ajudam a identificar estuprador

 RIO - As impressões digitais colhidas no material escolar da estudante de 12 anos que foi vítima de abuso sexual dentro de um ônibus da linha 162 (Glória-Leblon), na última quarta-feira, não servirão para identificar o criminoso, segundo resultado do exame datiloscópico feito pelo ICCE. De acordo com o delegado Fábio Barucke, titular da 15 DP (Gávea), foram identificadas apenas as impressões da vítima no material. Segundo Barucke, o exame laboratorial, que identificará o DNA do suspeito por meio do sêmen, ficará pronto na próxima semana. O delegado disse ontem que ainda conta com informações do Disque-Denúncia para tentar identificar o homem, de cerca de 40 anos, e 1,60 metro de altura, que aparece nas imagens da câmara de segurança da Viação São Silvestre. Até sábado, o serviço havia recebido 11 ligações com informações sobre a passagem do suspeito por vias da cidade e duas informando supostos endereços de trabalho e outras duas dizendo que ele seria morador da Rocinha.
— É estranho que nenhum vizinho o tenha reconhecido. Mas continuamos contando com a ajuda da população para tentar identificar e localizar o suspeito — disse Barucke.
O Disque-Denúncia divulgou um cartaz com o retrato falado do criminoso, feito pelo motorista da empresa de ônibus e também da imagem do suspeito registrada pela câmara de segurança do coletivo. Qualquer informação pode ser encaminhada ao Disque-Denúncia (www.procurados.org.br) pelo telefone 2253-1177. O serviço garante o anonimato. A menor disse na polícia ter sido vítima do estupro quando o ônibus passava pela Rua Jardim Botânico. Ela contou que estava sentada no meio do coletivo e um homem armado exigiu que fosse com ele para a parte traseira do veículo, onde o crime teria sido cometido. Na hora, só havia mais quatro passageiros no ônibus, que nada perceberam.

domingo, 23 de outubro de 2011

POLÊMICA

Aluna de 22 anos afirma: "NÃO PAGO PEDÁGIO EM LUGAR NENHUM ".  
O texto está correndo o Brasil! LEIA:


 "A Inconstitucionalidade dos Pedágios", desenvolvido pela aluna do 9º semestre de Direito da Universidade Católica de Pelotas (UCPel) Márcia dos Santos Silva choca, impressiona e orienta os interessados.

 A jovem de 22 anos apresentou o "Direito fundamental de ir e vir" nas estradas do Brasil. Ela, que mora em Pelotas, conta que, para vir a Rio Grande apresentar seu trabalho no congresso, não pagou pedágio e, na volta, faria o mesmo. Causando surpresa nos participantes, ela fundamentou seus atos durante a apresentação.Márcia explica que na Constituição Federal de 1988, Título II, dos "Direitos e Garantias Fundamentais", o artigo 5 diz o seguinte:

"Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade " E no inciso XV do artigo: "é livre a locomoção no território nacional em tempo de paz, podendo qualquer pessoa, nos termos da lei, nele entrar, permanecer ou dele sair com seus bens".
A jovem acrescenta que "o direito de ir e vir é cláusula pétrea na Constituição Federal, o que significa dizer que não é possível violar esse direito. E ainda que todo o brasileiro tem livre acesso em todo o território nacional O que também quer dizer que o pedágio vai contra a constituição".

Segundo Márcia, as estradas não são vendáveis. E o que acontece é que concessionárias de pedágios realiza contratos com o governo Estadual de investir no melhoramento dessas rodovias e cobram o pedágio para ressarcir os gastos. No entanto, no valor da gasolina é incluído o imposto de Contribuição de Intervenção de Domínio Econômico (Cide), e parte dele é destinado às estradas.

"No momento que abasteço meu carro, estou pagando o pedágio. Não é necessário eu pagar novamente Só quero exercer meu direito, a estrada é um bem público e não é justo eu pagar por um bem que já é meu também", enfatiza.

A estudante explicou maneiras e mostrou um vídeo que ensinava a passar nos pedágio sem precisar pagar. "Ou você pode passar atrás de algum carro que tenha parado. Ou ainda passa direto. A cancela, que barra os carros é de plástico, não quebra, e quando o carro passa por ali ela abre.

Não tem perigo algum e não arranha o carro", conta ela, que diz fazer isso sempre que viaja. Após a apresentação, questionamentos não faltaram. Quem assistia ficava curioso em saber se o ato não estaria infringindo alguma lei, se poderia gerar multa, ou ainda se quem fizesse isso não estaria destruindo o patrimônio alheio. As respostas foram claras. Segundo Márcia, juridicamente não há lei que permita a utilização de pedágios em estradas brasileiras.

Quanto a ser um patrimônio alheio, o fato, explica ela, é que o pedágio e a cancela estão no meio do caminho onde os carros precisam passar e, até então, ela nunca viu cancelas ou pedágios ficarem danificados. Márcia também conta que uma vez foi parada pela Polícia Rodoviária, e um guarda disse que iria acompanhá-la para pagar o pedágio. "Eu perguntei ao policial se ele prestava algum serviço para a concessionária ou ao Estado.

Afinal, um policial rodoviário trabalha para o Estado ou para o governo Federal e deve cuidar da segurança nas estradas. Já a empresa de pedágios, é privada, ou seja, não tem nada a ver uma coisa com a outra", acrescenta.
Ela defende ainda que os preços são iguais para pessoas de baixa renda, que possuem carros menores, e para quem tem um poder aquisitivo maior e automóveis melhores, alegando que muita gente não possui condições para gastar tanto com pedágios. Ela garante também que o Estado está negando um direito da sociedade. "Não há o que defender ou explicar. A constituição é clara quando diz que todos nós temos o direito de ir e vir em todas as estradas do território nacional", conclui. A estudante apresenta o trabalho de conclusão de curso e formou-se em agosto de 2008.

Ela não sabia que área do Direito pretende seguir, mas garante que vai continuar trabalhando e defendendo a causa dos pedágios.

E AGORA?

VAMOS COMPARTILHAR E VER NO QUE ISSO VAI DAR...